Mas não é caro comer saudável?!


Eis uma boa questão…

Todos temos a noção de que uma grande fatia dos nossos rendimentos é investida na alimentação… 
Comer bem, de forma saudável e sem gastar mais do que é pretendido requer muitas vezes um jogo mental, que pode ficar aquém do desejado, quando não nos lembramos de alguns conceitos básicos para uma alimentação saudável.


Quando fomos à procura de mais informação, cruzamo-nos com um estudo realizado por investigadores da Universidade de Harvard, onde compararam o custo de vários alimentos com os benefícios em saúde que os mesmos poderiam oferecer, com o objectivo de encontrar o melhor custo-benefício. E eis o que eles descobriram…


Verificaram que, em termos de valor nutricional versus o custo, as pessoas deveriam comprar mais frutos gordos (nozes, amêndoas, avelãs, etc.), alimentos à base de soja, leguminosas, cereais integrais e menos produtos de origem animal. Verificaram ainda que os alimentos menos saudáveis, também chamados de alimentos processados ou junk food, só conseguiam superar os alimentos saudáveis quando comparados a nível de custo-benefício por caloria. Contudo, esta era a forma como a comida era avaliada no século XIX, época em que as vitaminas nem eram conhecidas.


Hoje em dia, em pleno séc. XXI, e com a evolução das ciências da nutrição, sabemos mais e melhor, e temos a perfeita noção de que podemos comparar o custo dos alimentos com base no seu valor nutricional, ou seja, olhamos não apenas para o valor em calorias, mas também para o conteúdo em proteína, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas e minerais.


É um facto que uma porção de fruta ou vegetais pode custar, em média, até 4 vezes mais que uma porção de comida processada, porém, apresentam em média, um valor nutricional até 24 vezes superior ao da junk food. Neste sentido, e se pensarmos na relação entre o valor nutricional versus custo, verifica-se que a fruta e vegetais oferecem até seis vezes mais valor nutricional, por euro, quando comparadas com comida altamente processada.


Se formos ainda de encontro ao que foi referido no estudo de Harvard e reflectirmos ainda no exemplo dos alimentos de origem animal, que de modo geral apresentam um valor nutricional característico (maior prevalência de proteína e menor de algumas vitaminas e minerais) e um preço superior, verificamos que, os produtos de origem animal apresentam um custo-benefício menor, quando comparados com alimentos como a fruta e os vegetais.


Com isto tudo queremos dizer que, se quiser obter um maior valor nutricional o mais barato possível, aposte em ter uma alimentação saudável. A nossa roda dos alimentos é um guia alimentar fantástico, e se reparar, o grupo dos vegetais e das frutas são, de facto, os que representam uma porção maior da mesma. Para além de tudo isto, gastar menos de um euro por dia em vegetais e fruta pode oferecer-lhe uma redução até 10% no risco de mortalidade… e quem não gosta deste tipo de descontos?! Mas vê o nosso post sobre a Roda dos Alimentos e vais ficar a entender tudo direitinho.


Já agora, deixamos-te um desafio...


Imagina que havia um comprimido que poderia reduzir o risco de morte em 10% no decorrer de uma década, e que não tinha quaisquer efeitos secundários. Quanto achas que as companhias farmacêuticas cobrariam?


Provavelmente mais de um euro... ;)


Não te esqueças, da próxima vez que fores ao mercado ou a uma superfície comercial, olha mais pra “banca das verduras” e CUIDA DE TI!


Até à próxima!!




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